sábado, 9 de março de 2019

MIGRAÇÃO SÍRIA LIBANESAS ATÉ SETE LAGOAS.





                             DA SÍRIA...
                                                     DO LÍBANO...
                                                                                  PARA SETE LAGOAS



Quando ouvirem mencionar nomes como os Asmar, Chamon (Chamone), Elian, Guiscem, Haddad, lasmar, Munaier, Mallab, Mansur, Nacif (Nassif), Redoan Rachid, Sader,Tanure...
Saibam que são descendentes que trazem consigo o rastro de uma história de luta por sobrevivência, resistência, de coragem, esperança e superação dos seus antepassados.

São descendentes de imigrantes que, para não serem massacrados, tiveram que deixar suas terras na região da Síria e Líbano.
Como uma vela acessa sobre um barril de pólvora, o Oriente Médio, até o fim da primeira guerra mundial estava sob o domínio do império turco otomano que pretendia de criar um grande Estado árabe independente.
Formada por uma sociedade de difícil convivência, submissa a Sharia,  constituída por muçulmanos Drusos (desdobramentos do grupo Xiita extremistas, predecessores do atual ISIS); cristãos Maronitas, uma minoria judaica, ficava cada vez mais insuportável o convívio entre si. Como agravante, França e Inglaterra pretendiam aumentar a sua influência no mundo muçulmano. A região respirava ódio, guerra e fome.

“Eles perderam tantos entes queridos durante esse tempo. Meus pais disse uma vez que as famílias ricas sobreviveram, pois eram capazes de subornar e obter suprimentos no mercado negro. Foram os desempregados, a classe média e os pobres agricultores que estavam morrendo nas ruas” Tereza Michel, filha de sobreviventes da fome.
Corpos mortos empilhados nas ruas e famintos civis libaneses comendo animais de rua enquanto alguns recorriam ao canibalismo para sobreviverem.

Com o propósito de evitar um conflito maior, o governo otomano chegou a dividir a região em dois distritos administrativos em 1842. A zona norte, governada pelos cristãos e o Sul, pelos drusos. Mesmo assim a escalada da violência foi crescente e na mesma proporção foi aumentando o fluxo de refugiados para outros países.

A FUGA.


Haviam duas rotas de fuga. Os muçulmanos seguiram pelo continente africano, Egito, Sudão e colônias francesas e inglesas e os cristãos sírios e libaneses tinham como destino EUA, Canadá, Argentina e Brasil. O trajeto era feito em duas escalas: do Líbano para um os portos da Europa (Marseille/França ou Genova/ Itália) e destes portos para a América.


A imigração para o Brasil intensificou entre o fim do século XIX para o século XX e por vários motivos, muitos não conseguiram visto para os Estados Unidos, ou achavam que entrando no Brasil seria mais fácil a entrada para os EUA posteriormente.  
Outros ainda foram enganados pela Cia de Navegação. Desembarcavam no Rio ou em Santos achado que estavam em solo norte americano, porém uma grande parte chegou ao Brasil encorajados por familiares que ja estavam aqui e que viam uma chance para melhorar de vida.

Pelo fato desta região do oriente médio ser controlado pelos turcos otomanos, os sírios e libaneses até 1892 seguiram os seus destinos com passaportes turcos. De 1893 a 1926 foram classificados como sírios e somente a partir de 1926 entraram com passaporte libanês. Daí a confusão de rotularmos libaneses como Turcos. 


Na época, Síria e Líbano não eram países independentes, apesar de existir a Província de Damasco, de Beirute e a subprovíncia do Monte Líbano. Turcos, da Turquia atual, não imigraram para o Brasil em grandes quantidades. É raro encontrar um descendente no país. A não ser por alguns judeus sefaraditas.

Um fator que contribuiu para o aumento da imigração para o Brasil foi a visita do imperador D. Pedro II ao Líbano em 1876 estreitando o relacionamento entre os dois países.

Diferente dos imigrantes italianos que vieram com o propósito de trabalhar no campo para os grandes latifundiários, os sírios e libaneses fixaram-se nos grandes centros e se dedicaram as atividades comerciais.





Com pouco capital e após conhecimentos básicos da língua portuguesa era comum os sírios e libaneses iniciarem a vida como mascate.

A grande maioria destes imigrantes árabes rumaram para São Paulo. Na capital do estado, os sírio-libaneses rapidamente formaram uma próspera comunidade de comerciantes. Foram os árabes que criaram a Rua 25 de Março, hoje um dos maiores centros de comércio do Brasil. A partir deste local o comercio foi expandido e levando as novidades das grandes cidades para o interior da região.



O fato de levarem consigo grandes malas cheias de repartições com roupas, jogos de cama, mesa, banhos, perfumes, suas cargas passaram a ser identificadas como armarinhos, uma referencia ao tamanho e formato destas malas.  Este termo, Armarinho, permaneceu até os tempos atuais para aquelas lojas que vendem um pouco de tudo.





Viajando longas distâncias e transportando grandes quantidades de produtos era inadmissível retornar com os produtos não vendidos. Então, eram comuns promoverem liquidações para aliviar o peso quando retornassem para capital.
À medida que criavam um vínculo com sua clientela, pouco a pouco foram se instalando nas cidades do interior com pequenas lojinhas.
Com o passar do tempo, algumas delas se transformaram em grandes redes, décadas depois.

O estado de Minas foi o segundo estado a receber maior contingente de libaneses. Em muitas cidades, eles dominaram o comércio varejista.

E, assim, depois de percorrerem vários cidades e lugarejos, muitos estabeleceram suas vidas aqui em Sete Lagoas e lugarejos vizinhos.  

                                       BEM VINDOS A SETE LAGOAS

                                                  FAMÍLIA GUISCEM



                                                        FAMILIA KILESSE

                                                       Abraão e Carmem Kilesse






                                                                    FAMILIA NASSIF
Publicação: Edésio Drumond Abreu
"Família Nassif Chamon. Meu bisavô Felipe, minha bisavô Maricuta, minha avó Maria do Carmo (Marieta) de cabelo curtinho. 




                                                                FAMÍLIA REDOAN
João Manoel Pedras Redoan e esposa. Ele é o patriarca da família Redoan em Sete Lagoas e região.



Acervo: Ozanan Reginaldo Redoan
"Meu avô João Manoel Pedras Redoan, minha avó Adelina Rodrigues da Costa, com seus filhos, Jamily Redoan, Jandaly Redoan, Juvenil Redoan, Júlio Redoan em pé. No colo de vó tio João Redoan e no de vô tio Geraldo Redoan. Faltam Jurandir Redoan e Judith Redoan que não eram nascidos na época, e José João Redoan que foi do primeiro casamento de meu avô, este foi médico em jequitibá e Sete Lagoas, avô de Adilson Lopes da lojas Adilson. Falta um filho fora do casamento de nome Geraldo que mora no bairro Montreal o qual eu tive o prazer de conhecer, vivo dessa foto são, meu pai Júlio Redoan, Jandaly Redoan. Meu avô veio do Líbano para o Brasil é constituiu família entre Jequitibá e Santana de Pirapama, foi mascate, comerciante e fazendeiro em Bebedouro município de Jequitibá."




                                                       OS CHAMONE (CHAMON)

Aguardando por mais fotos